Na memória os tempos da infância.
As manhas na minha casa,
Mamães no canto da cozinha e o fogo abanando.
Nosso quintal ta bem varrido,
O mamoeiro proporcionava alegria a mim e aos
Passarinhos.
Lembro também do meu pai,
Livros e mais livros sob os braços,
Atendendo as suas aulas,
Na casa velha transformada em colégio,
Onde poucos sôfregos corriam a estudar.
E a pracinha...
O capinzal a invadir,
Brincávamos, eu e os outros,
E a banda que aos domingos à tardinha,
Tocava no velho tablado.
A alvorada de sanhaços nas figueiras,
E no fim do entardecer
Meu avô, como o vejo na botica,
A atender, sem cessar,
Farmacêutico e medico do povo.
Lembro-me ainda do meu avô,
Já sentindo o tempo,
Preparando lá no fundo:
- Xaropadas – Invenções curativas,
Para sanar a dor e o infortúnio.
Da morte do meu avô,
presente na minha memória,
Morreu de tanto atender á dor,
Dor de todos, dor da vida.
Não me lembro de mais nada.
O ARTESÃO : F. AFFONSO SANTA ROSA
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